Pessimismo Antropológico
O mundo não está desgraçadamente caído. Este planeta não é um espetáculo de horrores. Não vivemos na ante-sala do inferno. Vicissitudes, doenças, acidentes e mortes não são o resultado de vivermos em um mundo torto e maldito. Não, mil vezes não. Nosso mundo é contingencial, espaço onde coexiste a possibilidade da saúde e da doença, dos acidentes e dos livramentos, dos absurdos e da felicidade. Alegrias, risos. Festas e beleza se concretizam com as mesmas chances que as balas perdidas, o câncer e os desastres automobilísticos. Não esqueça que, como nos organizamos, pode acontecer mais felicidade ou mais infortúnio. A probabilidade de ser assassinado no Brasil é muito maior que na Inglaterra. Mais crianças morrem antes do primeiro ano de vida na Índia do que na Bélgica. Se acontecerem dois terremotos com a mesma intensidade nos Estados Unidos e no Afeganistão, sugira onde será a pior devastação. Você não se pergunta por que os desastres naturais arrasam primeiro os pobres?
Mas, onde impera a injustiça o direito também pode triunfar; em meio ao ódio, a paz pode florescer. O acaso que produz morte também junta os amantes. Existe estatística que prevê o percentual de crianças nascidas com síndromes graves. Considerar deformidades genéticas como resultado da "Queda" e ainda ter estatística para as ocorrências é nonsense. Não dá para pensar em castigo que obedece as leis da probabilidade!
Não precisa repetir o otimismo de Russeau; a condição humana não é boa nem má, apenas ambígua. Delumeau afirma que "os seres humanos são capazes de tudo, inclusive fazer o bem". Então, por que o mal se universalizou? Pelo simples fato de que o bem de igual modo se alastrou. Concordo, sobram exemplos de perversidade no mundo. Contudo, é possível encontrar sinais de bondade, solidariedade e beleza em todas as culturas, lugares e religiões. O mundo ainda não é uma Gothan City, nem uma Sodoma.
Em qualquer época da história foi e será possível achar religiosos, engenheiros, médicos, músicos, lavadeiras e militares fazendo o tanto o bem quanto o mal. O mal ainda não suplantou o bem. Os diques contra a maldade, embora rachados, não foram devassados completamente.
Amigo, não considere as pessoas como "cães ou porcos". Todos são filhos e filhas queridos de Deus. Evangelize valorizando a dignidade divina impregnada em todos. Trate o seu semelhante da mesma maneira que Jesus. Ele lidou com gentios, prostitutas, soldados e judeus com extremo carinho. Para ele, todos eram preciosos demais para se perderem. E Deus prova o seu amor, ao enviar Cristo para viver e até morrer, mesmo quando as pessoas se mostravam inimigas. Sabe por quê? Mesmo quando soterrada pela maldade, cada pessoa carrega a Imago Dei, a Imagem de Deus, e essa dádiva não pode se perder. Cristo veio buscar e salvar os esmagados pelo mal para fazer ressurgir a sua glória, impressa nos corações.
(Ricardo Gondim.)
Mas, onde impera a injustiça o direito também pode triunfar; em meio ao ódio, a paz pode florescer. O acaso que produz morte também junta os amantes. Existe estatística que prevê o percentual de crianças nascidas com síndromes graves. Considerar deformidades genéticas como resultado da "Queda" e ainda ter estatística para as ocorrências é nonsense. Não dá para pensar em castigo que obedece as leis da probabilidade!
Não precisa repetir o otimismo de Russeau; a condição humana não é boa nem má, apenas ambígua. Delumeau afirma que "os seres humanos são capazes de tudo, inclusive fazer o bem". Então, por que o mal se universalizou? Pelo simples fato de que o bem de igual modo se alastrou. Concordo, sobram exemplos de perversidade no mundo. Contudo, é possível encontrar sinais de bondade, solidariedade e beleza em todas as culturas, lugares e religiões. O mundo ainda não é uma Gothan City, nem uma Sodoma.
Em qualquer época da história foi e será possível achar religiosos, engenheiros, médicos, músicos, lavadeiras e militares fazendo o tanto o bem quanto o mal. O mal ainda não suplantou o bem. Os diques contra a maldade, embora rachados, não foram devassados completamente.
Amigo, não considere as pessoas como "cães ou porcos". Todos são filhos e filhas queridos de Deus. Evangelize valorizando a dignidade divina impregnada em todos. Trate o seu semelhante da mesma maneira que Jesus. Ele lidou com gentios, prostitutas, soldados e judeus com extremo carinho. Para ele, todos eram preciosos demais para se perderem. E Deus prova o seu amor, ao enviar Cristo para viver e até morrer, mesmo quando as pessoas se mostravam inimigas. Sabe por quê? Mesmo quando soterrada pela maldade, cada pessoa carrega a Imago Dei, a Imagem de Deus, e essa dádiva não pode se perder. Cristo veio buscar e salvar os esmagados pelo mal para fazer ressurgir a sua glória, impressa nos corações.
(Ricardo Gondim.)
1 Comments:
"apenas ambígua"
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